segunda-feira, 19 de agosto de 2013

A GAROTA DAS NOVE PERUCAS.

Stella, Platina, Blondie, Sue, Daisy, Pam, Uma, Bebé e Lydia (não nessa ordem)Imagine que você é uma menina de 21 anos que recém entrou na faculdade, adora sair para dançar, beber e sacudir seus longos cabelos lindos. Imagine que você descobre que está com tipo raro de câncer, e que as chances de cura são poucas. Não, não estou falando da personagem da novela, estou falando da vida real, da vida da holandesa Sophie Van der Stap.


Em janeiro de 2005, o câncer era realidade na vida de Sophie. Em uma questão de dias, ela teve que mudar da balada para o hospital, da cerveja para o soro e do cabelão comprido para a careca total. Durante as 54 semanas em que fez quimioterapia, ela escreveu um diário, que deu origem ao livro A garota das nove perucas.
Insatisfeita com a falta do cabelo, Sophie decidiu comprar uma peruca, mas não se reconheceu com ela. Ao invés de ver nessa estranheza um problema, a menina viu uma possibilidade de se experimentar em várias versões, de criar várias personagens para si.
” Tanta coisa mudou na minha vida e em mim. Um rosto estranho no espelho. Não me vejo refletida. Quanta distância entre eu antes e eu agora. Mas todos esses cabelos diferentes me ensinaram a me enxergar melhor. Essa sou eu, essa outra sou eu e aquela sou eu também… E esta aqui sou eu de verdade.”
Ao todo, Sophie teve nove perucas, cada uma com um nome de mulher e personalidade diferente, que ela escolhia conforme seu estado de espírito. As perucas não só ajudaram a autora a aproveitar melhor a vida durante a quimio, como a fizeram conhecer mais de si mesma e ter uma melhor resposta ao tratamento. No fim das contas, Sophie já está há quase oito anos curada!

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